O presidente Jair Bolsonaro formalizou nesta terça-feira a indicação do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça, para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. O encaminhamento do nome de Mendonça ao Senado, que precisa aprovar a indicação, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Em nota, Mendonça agradeceu ao apoio de 'líderes evangélicos', que foram essenciais para sua indicações, e afirmou estar 'à disposição do Senado', onde encontra resistências. O ministro da AGU também declarou ter compromisso com 'com a Constituição e o Estado Democrático de Direito'.
Bolsonaro prometeu, desde o primeiro ano de governo, indicar um ministro evangélico ao STF, e passou a indicar que esse nome seria Mendonça ao referir-se ao ministro como 'terrivelmente evangélico'. No ano passado, o presidente disse que, além de evangélico, o indicado seria um pastor — Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana.
Antes da formalização da indicação, o titular da AGU já atuava para ganhar apoio no Senado. Recentemente, procurou até mesmo a um dos maiores opositores de Bolsonaro: o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM).
'Coloco-me à disposição do Senado Federal. De forma respeitosa, buscarei contato com todos os membros, que têm a elevada missão de avaliar meu nome', disse o ministro na nota divulgada nesta terça.
Mendonça começa o texto agradecendo a Deus, 'pela vida e por essa possibilidade de servir meu país'; a Bolsonaro, 'pela confiança', e 'aos líderes evangélicos, parlamentares, amigos e todos que têm me apoiado'.
Após falar sobre o Senado e comprometer-se com a Constituição e o Estado de Direito, o ministro encerra a nota com outra referência religiosa: 'Deus abençoe nosso país!'.
Fonte: Extra